segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Tema: Legalização da maconha - 3º ano do Ensino Médio.


LEGALIZAÇÃO DA MACONHA

LOS ANGELES - Os californianos decidiram na terça-feira, 2, em votação, contra a legalização da maconha para uso recreativo no Estado, segundo projeções de pesquisas de boca-de-urna.

O resultado coincide com as últimas sondagens, que mostravam oposição majoritária para que não houvesse a liberação da droga para este fim. A droga atualmente está legalizada na Califórnia, desde que haja prescrição médica no tratamento de doenças que vão desde a insônia até o câncer.

Horas antes de se encerrar a votação, os idealizadores da Proposta legislativa 19, como ficou conhecida, diziam que apesar da derrota iminente "haviam colocado a maconha na boca de todo o mundo e que a discussão continuava aberta", como frisou Dale Sky Jones, um dos responsáveis pelo centro educativo sobre a maconha da Oaksterdam University, na Califórnia.
Defensores famosos

Os defensores da legalização - que incluem personalidades como a atriz Susan Sarandon e o bilionário George Soros - dizem que a taxação sobre a venda da droga traria uma considerável receita extra para o Estado e permitiria que policiais e o poder judiciário se concentrassem em lutar contra drogas mais pesadas.

Os críticos, porém, alegam que a legalização da maconha prejudicaria o desempenho acadêmico dos estudantes e aumentaria o número de acidentes no ambiente de trabalho. O governador do Estado, Arnold Schwarzenegger, e a Casa Branca comemoraram a derrota da proposta. "Hoje, os californianos reconheceram que legalizar a maconha não vai tornar nossos cidadãos mais saudáveis, resolver o problema orçamentário da Califórnia ou reduzir a violência ligada às drogas no México", declarou o diretor para Política de Drogas da Casa Branca, Gil Kerlikowske, após a divulgação dos primeiros resultados.

"O governo Obama foi claro em sua oposição à legalização da maconha porque pesquisas revelam que o uso de maconha está associado a internações voluntárias para tratamento de vícios, acidentes fatais sob influência de drogas, doença mental e admissão em setores de emergência nos hospitais.“

O presidente do México, Felipe Calderón, havia criticado a votação. Ele disse que seria contraditório os EUA lutarem contra o narcotráfico e, ao mesmo tempo, permitir o consumo deliberado da droga em algumas partes de seu território.

                   O último levantamento realizado pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (SENAD) sobre o uso da maconha no Brasil, em 2005, revelou que 8,8% da população brasileira já consumiram a droga alguma vez na vida. Entre adolescentes, esse índice era menos da metade: 4,1%.

Outro levantamento do SENAD, desta vez sobre o consumo de álcool, de 2004, mostrava que 48% dos adolescentes na mesma faixa etária já tinham experimentado bebidas alcoólicas uma vez na vida, um índice mais de dez vezes maior que o da maconha. Entre crianças de 10 e 12 anos, 41%.

Os números mostram que as maiores vítimas de uma eventual liberação da maconha no Brasil seriam os jovens e adolescentes. O álcool, liberado, já foi consumido por quase metade de todos os indivíduos nessa faixa etária. Já a maconha, hoje proibida, tem baixa penetração entre os adolescentes. E é melhor que assim permaneça segundo os especialistas -  inclusive os que defendem a liberação de seu uso terapêutico e científico no Brasil.

Mesmo Antonio Zuardi, psiquiatra e professor do departamento de neurociências e ciências do comportamento da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto, que já realizou várias pesquisas comprovando que substâncias presentes na maconha podem atuar beneficamente em pessoas com fobia social, ressalta os perigos da maconha para os adolescentes. “Alguns estudos mostram que o uso excessivo em jovens em fase de desenvolvimento  pode aumentar a chance de desenvolver quadros psicóticos no futuro. Existem outras evidências de que o uso muito intenso pode produzir problemas cognitivos, de memória e de raciocínio”, afirma.


Para o psiquiatra Ivan Mario Braun, autor do livro Drogas – perguntas e respostas (mg editores), que também defende o uso medicinal das substâncias da Cannabis sativa, nome científico da planta da maconha, não há nada de subjetivo nos efeitos prejudiciais da droga. “Ela prejudica o aprendizado e facilita o aparecimento de surtos psicóticos em pessoas pré-dispostas.”

O consumo da maconha por pessoas em fase de desenvolvimento pode provocar danos permanentes. Dependendo da quantidade consumida, os problemas que a droga causa à memória de curto prazo – aquela que faz você lembrar o conteúdo que o professor acabou de passar – podem se intensificar e prejudicar também a memória de longo prazo.

Elisaldo Carlini, professor da UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo) e talvez o maior especialista no uso medicinal e científico da maconha no Brasil, deixa claro que a droga impede a memória de curto prazo e seu uso crônico faz o rendimento intelectual cair
Rede de proteção
Ronaldo Laranjeira, coordenador da UNIAD (Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas) da UNIFESP, Phd em psiquiatra pela Universidade de Londres, é definido como um “cruzado” por Carlini, que foi seu professor na década de 80. “Eu o chamo para tomar uma cerveja, mas ele não bebe”, brinca. Laranjeira é um dos organizadores do Primeiro Levantamento Nacional sobre os Padrões de Consumo de Álcool na População Brasileira, realizado pelo SENAD, e pertinaz oponente da liberalização da maconha.


“Na Holanda, quando se flexibilizou o mercado da maconha, aumentou o consumo. No Brasil isso seria temerário, já que não temos uma rede de proteção como a Holanda tem.” Segundo Laranjeira, 80% dos usuários de droga na Holanda tem contato com o sistema de saúde – o que não acontece no Brasil.

Há alguns problemas que não são levados em conta quando se fala de liberar a maconha no Brasil, diz Laranjeira. O índice de usuários regulares no Brasil fica entre 2 e 3% da população, metade do índice americano e holandês. “Para aplicar a mesma política aqui, onde o consumo ainda é baixo do ponto de vista da saúde pública, é preciso tomar cuidado. Nem sempre o que é bom lá vai ser bom aqui.”

Segundo Laranjeira, a legalização, da forma que está sendo proposta, aumentaria o consumo justamente entre os jovens. “Quem vai mais consumir não é um senhor de 50 anos, é o cara de 15”, afirma. Ele refuta a fama de 'droga leve' da maconha. “Falar que maconha não faz mal é um absurdo do ponto de vista psiquiátrico. Sabemos que 13% dos novos casos de esquizofrenia são decorrentes do uso da maconha.”
Como a droga atua
 Na primeira infância, há uma reorganização do sistema nervoso central e milhares de neurônios morrem para que a criança passe por um processo de amadurecimento. O cérebro passa por essa fase no início da puberdade. Nas meninas, ocorre entre 10 e 11 anos, e nos meninos com 12 e 13 anos. O termo técnico para essa morte celular programada é apoptose.

Depois desse momento, surgem novas sinapses que preparam o adolescente para as funções da idade adulta, como o pensamento abstrato, planejamento e o cálculo matemático, que estão relacionados a uma área específica do cérebro chamada córtex pré-frontal. É exatamente nessa área que funciona o sistema de recompensa, onde todas as drogas que causam dependência agem, como o álcool, o tabaco, a cocaína, a maconha.

“Se você pensar que uma criança começa a consumir uma dessas drogas ou a maconha, o que vai acontecer com essa estrutura? Ela vai ser totalmente danificada precoce e irreversivelmente. Essas novas sinapses, essas novas ligações neuronais vão ser destruídas pelo uso da maconha”, afirma Marco Antonio Bessa, presidente da Sociedade Paranaense de Psiquiatria.

Se a droga é utilizada por pessoas maiores de 18 anos, o dano estará relacionado à quantidade e frequência do uso. Estudos mostram que quanto mais cedo o consumo de qualquer droga, maior o risco de se tornar dependente. “Os jovens acham que é uma droga leve, mas os efeitos danosos são piores que os do álcool e os do tabaco”, diz Bessa.
(...)

 O ator da Rede Globo, e protagonista do filme Tropa de Elite 2, Wagner Moura, participou na última quarta-feira (13) de um debate em São Paulo, no Teatro Bombril, onde o filme foi exibido seguido de uma conversa entre cineastas, jornalistas e o público.


Wagner falou sobre o filme, sobre a identificação com o personagem, o "famoso" Capitão Nascimento, e tocou em um assunto abordado no longa e muito discutido nos dias de hoje: a liberação e a legalização das drogas.


"A política de repressão não tem funcionado. Eu vejo a questão das drogas como uma questão de saúde pública. Eu sou a favor da legalização das drogas, a começar pela evidente necessidade da legalização da maconha, e digo isso como cidadão, de forma quase irresponsável porque não sou nenhum especialista em drogas, acho que isso deve ser visto por pessoas muito mais gabaritadas do que eu. O que eu constato é que a repressão é ineficaz, só gera mais morte e tiroteio, e tem muito mais gente morrendo na guerra do tráfico, do ilícito, do que propriamente usando a droga", declarou o ator.




Sobre o engajamento político da juventude na sua época e atualmente, Wagner destacou uma diferença positiva entre os comportamentos das duas gerações e a forma com que o jovem contemporâneo vê e lida com a política:

"Na minha época, a grande maioria dos jovens era muito alienada de política. Na época dos caras-pintadas, saía só pra pegar mulher, beber uma cervejinha e hoje vejo um interesse muito maior. (...) Eu acho que se um filme como esse, político e ao mesmo tempo um fenômeno de cultura de massa, ajudar a garotada a pensar e refletir sobre política só contribui", disse.
TAREFA 1


Após a leitura da matéria, faça uma pequena entrevista (gênero) com o ator Wagner Moura, a qual deverá constar:
Três perguntas que explorem dados importantes sobre o debate o qual participou no Teatro Bombril e sobre a visão do mesmo  com relação à legalização da maconha; e (propósito) as três respctivas despostas, também com base na matéria (propósito).
Lembre-se de que não deverá recorrer à mera colagem de trechos do texto lido.
TAREFA 2


Coloque-se na posição de um jornalista que, com base na leitura do texto deverá escrever um editorial, isto é, um artigo jornalístico opinativo, para um importante jornal do país, discutindo a legalização da maconha no Brasil (propósito). Seu texto deverá, necesariamente:
Retratar a problemática a través de uma crítica constrututiva e um posicionamento claro sobre a questão em pauta.
Apontar uma possível solução sobre o assunto, baseada no ponto de vista definido.
TAREFA 3


Após a leitura da matéria, faça uma pequena crônica (gênero) sobre o assunto em questão, ressaltando a problemática e destacando seu ponto de vista, como cidadão ativo da atual sociedade.
Tarefa 4
Fazer uma dissertação, de 20 a 20 linhas sobre o tema proposto, posicionando-se a respeito do mesmo, com título.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Tortura - 3º ano do Ensino Médio


Tema: A TORTURA NO SÉCULO XXI
Em 1995, o radical islâmico Abdul Hakin Murad foi preso nas Filipinas acusado de tramar ações tão espetaculares que se levados a cabo fariam de Osama Bin Laden um mero coadjuvante na história do terrorismo. Na lista de objetivos de Murad, além de bombardear o QG da CIA, nos Estados Unidos, constavam o assassinato do papa João Paulo II e a explosão de não apenas quatro, mas de 11 aviões com passageiros. Com sua confissão, obtida após um mês de sessões de tortura, centenas de vidas foram salvas. Ainda que a veracidade dos planos de Murad jamais tenha sido comprovada, não há dúvida de que sua história, se utilizada como fábula macabra, acaba fornecendo fortes argumentos em favor de algumas das mais hediondas práticas humanas: a tortura. Afinal, Murad teria confessado seus planos mirabolantes se não tivesse sido submetido a maus-tratos? Provavelmente não. Então por que correr o risco?
Até antes dos atentados ao World Trade Center, em 2001, a prática da tortura parecia confinada aos porões das prisões numa relação restrita a torturadores e torturados, apesar de todo o barulho feito por grupos de defesa dos direitos humanos. Quando as torres gêmeas caíram, no entanto, as coisas tomaram outro rumo, e aquilo que era horrendo e injustificável - porém secreto - , ganhou status de doutrina de segurança, abertamente defendida em nome de sua suposta eficiência como arma de guerra contra o terrorismo.
Para garantir a segurança nacional, os Estados Unidos decidiram não mais correr riscos, passando a tolerar e até mesmo a justificar oficialmente os abusos, agora renomeados "táticas de pressão". Principal defensor dessa nova política, o secretário da Defesa americano, Donald Rumsfeld, assinou em novembro de 2002 um memorando endossando o emprego de 14 técnicas de interrogatório nos suspeitos de terrorismo detidos na base que os Estados Unidos mantêm em Guantánamo, Cuba. Na lista de suplícios, "posições estressantes, contato físico mediano, interrogatórios de 20 horas, privação de itens de conforto - inclusive artigos religiosos -, utilização de fobias e despir o prisioneiro".
A reação de grupos de defesa de direitos humanos e parlamentares colaborou para que o documento fosse revogado, o que não quer dizer que Rumsfeld tenha mudado de opinião, como pôde ser confirmado após o vazamento das imagens da prisão iraquiana de Abu Ghraib, mostrando presos submetidos por soldados americanos a situações de maus-tratos, humilhações e constrangimento. "Minha impressão é que o mostrado até agora é abuso, tecnicamente diferente de tortura", disse o secretário na ocasião.
HISTÓRIA DE MARTÍRIOS
Eufemismos à parte, a Anistia Internacional, um dos mais influentes grupos de defesa de direitos humanos do mundo, confirma casos de tortura em 130 países. O que faz que tantos países entrem na lista é a abrangência do significado do termo tortura para as entidades de defesa dos direitos humanos. "A tortura não é só a violência utilizada para obter uma informação. A definição de tortura abrange a violência com o intuito de humilhar, controlar ou discriminar", afirma Tim Cahill, pesquisador da Anistia Internacional para o Brasil.
Essa nova definição de maus-tratos, colocando de um lado a força moderada e, do outro, a tortura, é descartada pela Anistia Internacional. "Não dá para fazer essa distinção. Se você permitir determinados tipos de tratamento, quando a ação estiver nas mãos de pessoas mal preparadas será fácil ultrapassar a linha que definiria tortura", diz o pesquisador. Apesar dos argumentos contrários, um breve passeio pela história mostra que é quase impossível resistir ao anseio de recorrer à brutalidade. De onde vem essa tentação? Do seu aspecto mais sombrio: sua suposta eficiência.
No livro A Ditadura Escancarada, o jornalista Elio Gaspari faz uma reflexão sobre a eficiência do martírio: "O que torna a tortura atraente é o fato de que ela funciona. O preso não quer falar, apanha e fala. É sobre essa simples constatação que se edifica a justificativa da tortura pela funcionalidade. O que há de terrível nela é sua verdade". Guanaira Amaral, antropóloga, psiquiatra e membro da Acat-Brasil (Ação dos Cristãos para a Abolição da Tortura), endossa a opinião de Gaspari. "Por isso historicamente ela vem sendo usada pelos grupos que tiveram poder."
No livro Vigiar e Punir - História da Violência nas Prisões, o filósofo francês Michel Foucault (1926-1984) recupera um caso ocorrido no século 16, quando a punição de um assassino foi tão brutal que chegou a comover os espectadores. Foram 18 dias de martírios, envolvendo mergulhos em água fervente e mutilações. Indignado, o povo clamou ao juiz que decretasse finalmente a morte do acusado por estrangulamento. Esse tipo de mobilização começou a preocupar os governantes, já que a punição violenta transformava carrascos em criminosos, juízes em assassinos, o rei em tirano, enquanto o condenado ganhava a piedade do povo.
Houve então uma mudança no procedimento da Justiça: as sentenças deveriam ser públicas para dar certeza de que os crimes seriam punidos, mas as execuções não precisavam mais do espetáculo. Para acomodar a nova realidade, a partir do século 18 foram criadas as penitenciárias e os centros de correção. Na prática, varria-se para baixo do tapete técnicas de barbárie que continuariam a ser praticadas pelos séculos seguintes.
Tanto que só em 1948, com a Declaração Universal de Direitos Humanos, esse tipo de violência foi oficialmente condenado. "Ninguém será submetido a tortura ou a tratamentos ou penas cruéis, desumanos ou degradantes", diz o artigo 5º da declaração.
Em 2004, o relatório geral da Anistia Internacional revelou quatro situações em que as denúncias de tortura são especialmente preocupantes. São nações sob governos ditatoriais, países onde a democracia sucedeu a ditadura, mas não houve reforma dos sistemas de investigação e da Justiça criminal (nesse grupo está o Brasil), lugares onde a tortura aparece em casos isolados de abuso de poder e os eventos ocorridos na prisão iraquiana. Segundo Irene Khan, secretária geral da Anistia, a situação é a pior dos últimos 50 anos.
LICENÇA PARA TORTURAR
O advogado criminalista e professor da Universidade de Harvard Alan Dershowitz não tem dúvidas de que o uso limitado de tortura não-letal em casos extremos como o do acusado de terrorismo Murad não é apenas justificável, mas necessário. Dershowitz, que tem no currículo a defesa do ex-presidente Bill Clinton no processo de impeachment e a absolvição de O.J. Simpson, não arrisca dizer quais seriam os martírios admissíveis, mas defende a urgente revisão das leis vigentes sobre o tema.
"Eu falo de tortura não-letal, como agulha esterilizada sob as unhas, à qual o acordo de Genebra se opõe. O fato é que países de todo o mundo violam secretamente esse acordo. A tortura está enraizada em regimes autoritários e democráticos. Sua não-regulamentação é uma hipocrisia que pode nos levar a uma situação ainda pior", disse o criminalista em entrevista à rede de TV americana CNN.
Outro argumento de Dershowitz se refere à flexibilização dos códigos de guerra, para que se possa criar legalmente técnicas equivalentes às empregadas pelos terroristas. Ele diz que esse é o único meio de lutar de igual para igual contra inimigos que se superam em brutalidade, a ponto de explodirem seus corpos. "Técnicas equivalentes" são mais um eufemismo para tortura.
A guerra representa o caso extremo, mas como tratar o assunto em países como o Brasil, que há séculos convive com abusos, mas encara a possibilidade de um ataque terrorista da mesma forma que espera um terremoto?
Na opinião da vice-presidente da ONG Tortura Nunca Mais, Cecília Coimbra, o fortalecimento de uma doutrina de segurança nacional importada dos Estados Unidos faz com que países como o Brasil resistam cada dia menos à tortura. Em São Paulo, por exemplo, pesquisa do Datafolha mostrou que a aprovação dos paulistanos à tortura cresceu quatro pontos percentuais desde 1994, chegando a 24% em 2001.
Para entidades de defesa de direitos humanos, a simples retomada dessa discussão é um retrocesso. "Se for mantida a justificativa de que a tortura é aceitável por questões de segurança, vai se abrir uma caixa de Pandora que será difícil de fechar", afirma Tim Cahill, da Anistia Internacional.
Contra os defensores dos maus-tratos, o argumento óbvio e imediato são as leis e convenções internacionais que tratam da tortura condenando-a, como a Convenção contra Tortura e Outros Tratamentos e Punições Cruéis, Inumanas e Degradantes, de 1984, as quatro convenções de Genebra de 1949 (sobre a proteção a civis, tratamento a prisioneiros de guerra, feridos em campos de batalha e em naufrágios) e os vários tratados recentes.
Para além da abordagem jurídica, as entidades garantem que sobram razões para descartar a tortura como forma de garantir o bem-estar coletivo. O maior problema, alegam, é o da permissividade que fugiria ao controle do Estado. Além disso, esbravejam que a tortura não diminui a violência e que jamais o torturador estará seguro de ter capturado o homem certo e obtido as informações exatas - de volta ao caso Murad, não há provas de que seus planos teriam condições de serem concretizados. E mais: defendem que há outras formas de obter informação.
Agora, se depois de tanto tempo a força desses argumentos continua incapaz de deter a disseminação da tortura, pode-se presumir que a tal "caixa de Pandora" já foi aberta. A questão é sabermos se teremos ou não coragem de olhar o que tem dentro dela.

domingo, 18 de setembro de 2011

Trabalho de Redação [2] - 3º ano do Ensino Médio


III TESTE para aula de Interpretação de Texto
Profª. Lucileine
TRABALHO DE REDAÇÃO – 3 COLEGIAL – 3 BIMESTRE 2011

“Levado pelo sonho, Cabral, permitiu que a frota sob seu comando se afstasse da costa africana. Os comhecimentos náuticos avolumados ao longo do ‘seculo XV eram suficientes para orientar os navegadores com segurança nos slagados caminhos do mar. O sonho, mais atrativo que a ciência, mais forte que o sopro do vento, não deteve as velas alinhadas na rota do sol.
Não sonhava apenas Cabral, sonhava também o rei que a nomeara capitão, sonhavam os portugueses, povo messiânico imcumbido de levar para terras estranhas a Cruz de Cristo. A força unida de muitos sonhadores empurrou a frota de Cabral mar adentro contra a propalada alegação de que rumava só com fins comerciais para a Índia pela via divulgada. A aproximação da carta de Caminha nos documentos de Colombo fortaleceu essa suposição.
As semelhanças não são apenas devidas à natureza do objeto mas também ao espaço cultural de que ambos partiram. Ambos declaram inocentes e pacíficos os nativos, ambos exaltam a qualidade do clima e a fecundidade do solo, ambos mencionam ouro, embora o território brasileiro retivesse por mais de um século os tesouros em serrariais inexploradas.
( Donald Schulers)

1 – Observe a partir do texto, os enunciados abaixo:
I – A frota de Cabral tinha uma única alegação para seu empreendimento, a de que rumava às Índias com propósitos comerciais.
II – Sonho, ciência e vento: três forças em níveis iguais para os navegadores portugueses.
III – Caminha e Colombo, em seus relatos sobre as terras descobertas, deixam transparecer aspectos análogos de seu universo cultural de origem.
IV- O solo brasileiro, por mais de um século, frustrou em serrarias inexploradas, o sonho messiânico dos portugueses
V – Os versos: “Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal.”
Evocam a contrapartida dolorosa do sonho lusíada.
  1. 3 e 5
  2. 2, 4 e 5
  3. 1, 3 e 5
  4. 2 e 4
  5. 1, 3 e 4

2 – A sequência do texto evidencia que :
I – O sonho, que era da frota, do rei e do povo português, é tópico explícito do 1º e do 2º parágrafos apenas.
II – so 2º pa’ragrafo, a continuidade do tópico desenvolvido no primeiro é indicada apenas a partir do 2º período.
III – a conexão entre o 1º e 2º parágrafos e entre o segundo e o terceiro tem valor aditivo.
IV – so 2º parágrafo, o autor retifica o tópico desenvolvido no primeiro.
V – no 3º parágrafo, estabelelce-se um antalogismo entre as percepções de Caminha e as de Colombo, reveladas em seus relatos históricos.

Estão corretas apenas:
  1. 1 e 3
  2. 1,3,4 e 5
  3. 1 e 5
  4. 2,4 e 5
  5. 2,3 e 5





03 -
Não cabe ao analista do texto identificar este ou aquele autor pelo estilo de época a que está ligado. Um autor é tanto menos original quanto mais se identificar com determinado gosto estético. E será original na medida em que suplantar a forma dominante de pensar e escrever em determinada fase.

De acordo com o texto:
  1. a originalidade do autor implica sua maior ou menor aceitação por parte do analista do texto.
  2. Convém distinguir, na análise do texto, apenas o estilo de época a que se vincula o autor.
  3. A identificação de determinado autor com estilo de sua época é pouco relevante como indicador do valor estético de sua obra.
  4. A maneira de pensar e de escrever reflete sempre o ponto de vista dominante numa dada época.
  5. O mérito está em sublinhar em seu texto as marcas do estilo de época em que vive.

04 – Bem, nós já vimos as razões por que a tão celebrada unidade linguística do Brasil não passa de um mito, isto é , uma idéia muito bonita, muito conveniente, mas falsa e, para piorar, também prejudicial, à educação, porque simplifica a realidade que, como vimos, é bastante complexa. No Brasil, portanto, não se fala “uma só lingua portuguesa”. Fala-se um certo número de variedades de português, uma das quais chegou ao ponto de variedade padrão por motivos que não são de ordem linguística, mas histórica, econômica, social e cultural.
( Marcos Bagno)

I - Assinale : ( C ) certo ou ( E ) errado
  1. O exemplo de linguagem que, segundo Marcos Bagno, é “falsa”é “prejudical” à edeucação:
_ Chico! Ocê pode mi dizê que hora são?
_ Hora do armoço.
  1. O autor do texto abaixo, explica o preconceito linguístico resultante do mito da unidade linguística:
“Existia uma família de matutos no sertão
um certo casal que tinha
de filhos grande porção
que sempre falava errado
deixando interpretação”.
( João Parafuso)
  1. Diante da nova concepção de variedade linguística, as diferentes pronúncias de palavras como gratuita/ gratuíta, rúbrica/ rubrica deverão ser reconhecidas como corretas em qualquer situação comunicativa.




    INSTRUÇÃO PARA O TRABALHO
    Imprimir as folhas de trabalho, colocar o cabaçalho completo: nome, número, ano, data (entrega): 22/09/2011, nome da professora e disciplina; tudo à caneta (azul ou preta). As respostas deverão ser dadas na mesma folha, sendo no espaço reservado, quando tiver, ou no verso da folha, anotando o número da questão. tudo à tinta (caneta azul ou preta). Obrigada!

Trabalho de Redação - 3º ano do Ensino Médio


EXERCÍCIOS DE DISSERTAÇÃO – DESENVOLVIMENTO
TRABALHO DE REDAÇÃO DOS 3º COLEGIAIS – 3º BIMESTRE 2011

As idéias indicadas abaixo estão enunciadas sem nenhuma ordem lógica. Procure organizá-las, numerando-as, de modo que possam formar um desenvolvimento coerente.

Tema: Sempre, em todos os casos, seja qual for a utilização da ciência e/ou da tecnologia, o homem é sempre o responsável.

Introdução: “O único responsável pelos usos que se fazem da ciência e da técnica é o próprio homem que as idealizou para seu serviço. Uma ciência e/ou técnica se tornam desumanas na medida em que a sociedade que se desenvolve também o é.”

( ) Na atual sociedade, a posse de conhecimento científico e da tecnologia representa um instrumento de poder: a partir daí pode desenvolver-se, por parte das elites, um controle social e cultural dos cidadãos.

( ) Por outro lado, a ciência e a tecnologia podem ser aplicadas para melhorar as condições de saúde, ampliar as oportunidades de educação multiplicar a produção e meios de distribuição de alimentos: em síntese, aperfeiçoar as condições de vida da população.

( ) A ciência e a técnica vêm desempenhando uma crescente importância para o progresso geral da humanidade, mas como contrapartida, têm sido usadas a serviço de interesses particulares das elites.

( ) Por exemplo, desenvolverem-se tecnologias para um controle severo de toda a atividade com que se pretende assegurar a sobrevivência de um governo, de um poder, de um sistema.

( ) Em síntese: “O futuro da ciência e da tecnologia se decidirá fora da própria ciência e tecnologia”.

( ) Face a essas diferentes possibilidades, pode-se afirmar que “o futuro da ciência e da tecnologia depende grandemente das decisões que forem tomadas nos núcleos do poder, razão por que resulta pouco sólida qualquer previsão que se faça”.







2 – Dê o tema de cada um dos textos abaixo

O CORPO FALA

Comemora-se neste ano, em várias partes do mundo o centenário de nascimento do austríaco Wilhelm Reich, controvertido médico cuja obra ainda hoje formenta intensas polêmicas entre profissionais da área da saúde menta.
Não foram poucos os obstáculos que seu mestre Sigmund Freud já enfrentava no fim do século XIX ao explicar o funcionamento da psique humana com base em conceitos tais como o de complexo de Édipo ou de sexualidade infantil. Explicações chocantes para o meio cultural da época, ainda fortemente marcado pelo conservadorismo moral.
Reich afrontou o debate sobre a importância da sexualidade no comportamento humano, relacionando-a aos acontecimentos políticos de seu tempo, marcado pelo advento do nazismo e da Guerra Fria. Seu célebre estudo sobre a psicologia de massas do fascismo custou-lhe o exílio na Suécia e depois na Noruega.
A maior contribuição da abordagem reichinana, que com altos e baixos foi se firmando desde a morte do médico em 1957, talvez seja sua aguda compreensão das patologias físicas de origem psíquica.
Desde Reich, tornou-se mais fácil compreender e aceitar que, segundo o jargão consagrado por seus discípulos, “o corpo fala”.
Seu mérito talvez se limite a chamar a atenção para as muitas manifestações significativas do corpo. Foi um alerta para o Ocidente que, historicamente, sempre valorizou os aspectos verbais e racionais da espécie humana.

A MÁQUINA RESPEITANDO A VIDA

Que o progresso é bom, ninguém pode duvidar, muito menos pode alguém se opor a ele. No entanto, a cada nova conquista do progresso corresponde sempre uma considerável carga de inconvenientes imprevistos e indesejados.
É que vem acontecendo desde os primórdios da indústria, alavanca e símbolo do progresso e do desenvolvimento. Foi assim quando, na Inglaterra, surgiram as primeiras fábricas de tecidos, substituindo os teares domésticos. O objetivo desejado era obter uma produção maior de tecidos, de qualidade mais uniforme. Em paralelo a isso, porém, verificou-se uma verdadeira avalanche de acidentes, vitimando milhares de pessoas que tiveram mãos e dedos mutilados pelas máquinas implacáveis.
Não se concebe, porém, que a inventividade dos responsáveis pela criação das máquinas, equipamentos e processos produtivos, que tornam mais fácil e confortável o viver de cada um, não seja ainda capaz de criar também os meios necessários para eliminar os inconvenientes.
A ciência e a tecnologia, hoje, alcançaram níveis inimagináveis, não encontram mais barreiras para tornar realidade o que o homem sonha. O que está faltando é respeito à vida, é a visão do outro e de seus direitos.
À custa de muita criatividade e vultuosos investimentos, as máquinas deveriam ser domadas, neutralizadas com dispositivos de produção, enquanto o homem fosse sendo treinado para conviver com elas, sem se expor a maiores riscos.
Portanto, é necessário e urgente que se compatibilize o progresso com a vida, com a saúde, com o bem-estar do homem sobre a Terra.



INSTRUÇÃO PARA O TRABALHO
Imprimir as folhas de trabalho, colocar o cabaçalho completo: nome, número, ano, data (entrega): 22/09/2011, nome da professora e disciplina; tudo à caneta (azul ou preta). As respostas deverão ser dadas na mesma folha, sendo no espaço reservado, quando tiver, ou no verso da folha, anotando o número da questão. tudo à tinta (caneta azul ou preta). Obrigada!

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Bullying - 3º ano do Ensino Médio


1 - Bullying é um termo da língua inglesa (bully = “valentão”) que se refere a todas as formas de atitudes agressivas, verbais ou físicas, intencionais e repetitivas, que ocorrem sem motivação evidente e são exercidas por um ou mais indivíduos, causando dor e angústia, com o objetivo de intimidar ou agredir outra pessoa sem ter a possibilidade ou capacidade de se defender, sendo realizadas dentro de uma relação desigual de forças ou poder.
O bullying se divide em duas categorias: a) bullying direto, que é a forma mais comum entre os agressores masculinos e b) bullying indireto, sendo essa a forma mais comum entre mulheres e crianças, tendo como característica o isolamento social da vítima. Em geral, a vítima teme o(a) agressor(a) em razão das ameaças ou mesmo a concretização da violência, física ou sexual, ou a perda dos meios de subsistência.
O bullying é um problema mundial, podendo ocorrer em praticamente qualquer contexto no qual as pessoas interajam, tais como escola, faculdade/universidade, família, mas pode ocorrer também no local de trabalho e entre vizinhos. Há uma tendência de as escolas não admitirem a ocorrência do bullying entre seus alunos; ou desconhecem o problema ou se negam a enfrentá-lo. Esse tipo de agressão geralmente ocorre em áreas onde a presença ou supervisão de pessoas adultas é mínima ou inexistente. Estão inclusos no bullying os apelidos pejorativos criados para humilhar os colegas.
As pessoas que testemunham o bullying, na grande maioria, alunos, convivem com a violência e se silenciam em razão de temerem se tornar as “próximas vítimas” do agressor. No espaço escolar, quando não ocorre uma efetiva intervenção contra o bullying, o ambiente fica contaminado e os alunos, sem exceção, são afetados negativamente, experimentando sentimentos de medo e ansiedade.
As crianças ou adolescentes que sofrem bullying podem se tornar adultos com sentimentos negativos e baixa autoestima. Tendem a adquirir sérios problemas de relacionamento, podendo, inclusive, contrair comportamento agressivo. Em casos extremos, a vítima poderá tentar ou cometer suicídio.
O(s) autor(es) das agressões geralmente são pessoas que têm pouca empatia, pertencentes à famílias desestruturadas, em que o relacionamento afetivo entre seus membros tende a ser escasso ou precário. Por outro lado, o alvo dos agressores geralmente são pessoas pouco sociáveis, com baixa capacidade de reação ou de fazer cessar os atos prejudiciais contra si e possuem forte sentimento de insegurança, o que os impede de solicitar ajuda.
No Brasil, uma pesquisa realizada em 2010 com alunos de escolas públicas e particulares revelou que as humilhações típicas do bullying são comuns em alunos da 5ª e 6ª séries. As três cidades brasileiras com maior incidência dessa prática são: Brasília, Belo Horizonte e Curitiba.
Os atos de bullying ferem princípios constitucionais – respeito à dignidade da pessoa humana – e ferem o Código Civil, que determina que todo ato ilícito que cause dano a outrem gera o dever de indenizar. O responsável pelo ato de bullying pode também ser enquadrado no Código de Defesa do Consumidor, tendo em vista que as escolas prestam serviço aos consumidores e são responsáveis por atos de bullying que ocorram dentro do estabelecimento de ensino/trabalho.


2 - Mesmo com casos diferentes um do outro, pessoas que sofrem ou sofreram bullying na escola revelam dois problemas em comum. Um deles é a dificuldade para falar sobre o problema e fazer denúncia, e a outra é a falta de atitude de professores e diretores das instituições de ensino.
Diogo Sarraf, vítima de bullying (Foto: Arquivo pessoal)
'Um professor participava das brincadeiras de mau gosto'

“Tenho assimetria crânio facial e eu havia mudado de escola. Sofri e muito com os meus colegas de classe, sendo caçoado. Muitas vezes pegavam o meu celular, desmontavam e dividiam entre eles. Recebi apelidos, chegaram até a fazer uma história em quadrinhos para me zoar. Usaram até um programa de rádio da escola para fazer isso.
Um professor participava das brincadeiras de mau gosto que faziam comigo. Entrava na zoeira. Ele ria. Acaba incentivando os outros em vez de repreender. Cheguei a falar para ele que não estava gostando daquilo, que não achava que era uma atitude de professor. Ele me ignorou simplesmente. Nunca procurei a direção da escola.
Eu tinha dores de cabeça muito fortes, ficava muito nervoso, acabava descontando a raiva em quem só tinha amor a me oferecer. Descontava nos meus pais, meu rendimento escolar caiu. Até chegar a um limite em que meus pais perceberam. Comecei um tratamento psicológico e isso me ajudou a superar esta dificuldade."
- Diogo Sarraf, 25 anos, gerente de projetos, São Paulo (SP)

3 - País não tem lei federal específica para o combate ao bullying

Projeto de lei tramita em comissão de educação do Senado.
Alguns estados e municípios aprovaram leis sobre o tema.

Do G1, em São Paulo e Belo Horizonte
O Brasil não tem uma lei federal sobre o combate ao bullying. Um projeto de lei propõe que as ações de combate ao bullying sejam detalhadas na Lei de Direitrizes e Bases da Educação. O projeto aguarda votação na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado. A proposta, de autoria do senador Gim Argello (PTB-DF) quer incluir entre as incumbências dos estabelecimentos de ensino a promoção de ambiente escolar seguro e a adoção de estratégias de prevenção e combate a intimidações e agressões.
Alguns estados e municípios, no entanto, adotaram leis de combate ao bullying. O Rio Grande do Sul teve a lei que prevê políticas públicas contra o bullying nas escolas estaduais e privadas de ensino básico e de educação infantil sancionada no ano passado. A lei não prevê punições aos estudantes, apenas ações educacionais.
TEMA: O BULLYING É UMA REALIDADE NO BRASIL E NO MUNDO. QUAL A NOSSA PARTICIPAÇÃO E RESPONSABILIDADE DIANTE DESSE FATO?

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Inclusão Social - 3º ano do Ensino Médio.



Tem sido prática comum deliberar e discutir acerca da inclusão de pessoas com algum tipo de deficiência: mencionando direitos inerentes a uma deficiência específica, abrangendo todos os direitos de forma generalizada, embrulhando-os, sem maiores cuidados em mostrar detalhadamente estes.























PENSE NISSO!

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Novo ENEM - 3º ano do Ensino Médio.


NOVO ENEM
Enem: Um exame diferente


O Enem é um exame individual, de caráter voluntário, oferecido anualmente aos estudantes que estão concluindo ou que já concluíram o ensino médio em anos anteriores. Seu objetivo principal é possibilitar uma referência para auto-avaliação, a partir das competências e habilidades que estruturam o Exame. 


O modelo de avaliação adotado pelo Enem foi desenvolvido com ênfase na aferição das estruturas mentais com as quais construímos continuamente o conhecimento e não apenas na memória, que, mesmo tendo importância fundamental, não pode ser o único elemento de compreensão do mundo.


Diferentemente dos modelos e processos avaliativos tradicionais, a prova do Enem é interdisciplinar e contextualizada. Enquanto os vestibulares promovem uma excessiva valorização da memória e dos conteúdos em si, o Enem coloca o estudante diante de situações-problemas e pede que mais do que saber conceitos, ele saiba aplicá-los.


O Enem não mede a capacidade do estudante de assimilar e acumular informações, e sim o incentiva a aprender a pensar, a refletir e a “saber como fazer”. Valoriza, portanto, a autonomia do jovem na hora de fazer escolhas e tomar decisões.
Objetivos do Enem
O principal objetivo do Enem é avaliar o desempenho do aluno ao término da escolaridade básica, para aferir desenvolvimento de competências fundamentais ao exercício pleno da cidadania. Desde a sua concepção, porém, o Exame foi pensado também como modalidade alternativa ou complementar aos exames de acesso aos cursos profissionalizantes pós-médio e ao ensino superior. 


o Enem tem como meta possibilitar a participação em programas governamentais de acesso ao ensino superior, como o ProUni, por exemplo, que utiliza os resultados do Exame como pré-requisito para a distribuição de bolsas de ensino em instituições privadas de ensino superior.
O Enem busca, ainda, oferecer uma referência para auto-avaliação com vistas a auxiliar nas escolhas futuras dos cidadãos, tanto com relação à continuidade dos estudos quanto à sua inclusão no mundo do trabalho. A avaliação pode servir como complemento do currículo para a seleção de emprego.


FORMATO DA PROVA
A prova do Enem é estruturada em torno de competências transversais: interpretar, analisar, comparar e elaborar propostas para solução de problemas. O aluno é confrontado com situações contextualizadas e interdisciplinares. São questões que convidam o aluno a prestar atenção nas informações dadas no enunciado, a efetuar cálculos, observar, refletir, comparar, reunir conhecimentos ou identificações, a fazer ordenações e, por fim, tomar uma decisão em relação à alternativa julgada correta ou a ser assumida como correta. 


Na prova do Enem, o aluno não vai se deparar com dicas ou indutores de respostas falsas – as famosas “pegadinhas” que já foram comuns em vestibulares. Ao contrário, o Enem coloca o aluno diante de situações-problema que se aproximam, ao máximo possível, das condições reais de convívio social e de trabalho individual e coletivo. O participante do exame deve demonstrar sua autonomia de julgamento e ação, de atitudes e valores e procedimentos para resolver os problemas apresentados. 


Redação 
A proposta de redação do Enem é baseada em diferentes textos e linguagens que tratam de temas atuais e nacionais. Estes textos estimulam a reflexão e a avaliação a respeito dos argumentos, informações, fatos e opiniões que apresentam. A partir dessa análise, o participante do Enem deve criar um novo texto argumentativo-dissertativo, onde apresente seu ponto de vista. 


PROPOSTA DE 2006
Uma vez que nos tornamos leitores da palavra, invariavelmente estaremos lendo o mundo sob a influência dela, tenhamos consciência disso ou não. A partir de então, mundo e palavra permearão constantemente nossa leitura e inevitáveis serão as correlações, de modo intertextual, simbiótico, entre realidade e ficção.
Lemos porque a necessidade de desvendar caracteres, letreiros, números faz com que passemos a olhar, a questionar, a buscar decifrar o desconhecido. Antes mesmo de ler a palavra, já lemos o universo que nos permeia: um cartaz, uma imagem, um som, um olhar, um gesto.
São muitas as razões para a leitura. Cada leitor tem a sua maneira de perceber e de atribuir significado ao que lê.


Minha mãe muito cedo me introduziu aos livros.
Embora nos faltassem móveis e roupas, livros não
poderiam faltar. E estava absolutamente certa.
Entrei na universidade e tornei-me escritor. Posso
garantir: todo escritor é, antes de tudo, um leitor.
Moacyr Scliar. O poder das letras. In: TAM Magazine,
jul./2006, p. 70 (com adaptações).


Existem inúmeros universos coexistindo com o nosso, neste exato instante, e todos bem perto de nós. Eles são bidimensionais e, em geral, neles imperam o branco e o negro.
Estes universos bidimensionais que nos rodeiam guardam surpresas incríveis e inimagináveis! Viajamos instantaneamente aos mais remotos pontos da Terra ou do Universo; ficamos sabendo os segredos mais ocultos de vidas humanas e da natureza; atravessamos eras num piscar de olhos; conhecemos civilizações desaparecidas e outras que nunca foram vistas por olhos humanos.
Estou falando dos universos a que chamamos de livros. Por uns poucos reais podemos
nos transportar a esses universos e sair deles muito mais ricos do que quando entramos.
Internet: <www.amigosdolivro.com.br> (com adaptações).


Considerando que os textos acima têm caráter apenas motivador, redija um texto dissertativo a respeito do seguinte tema:
O PODER DE TRANSFORMAÇÃO DA LEITURA.
Ao desenvolver o tema proposto, procure utilizar os conhecimentos adquiridos e as reflexoes feitas ao longo de sua formacao. Selecione, organize e relacione argumentos, fatos e opinioes para defender seu ponto de vista e suas propostas, sem ferir os direitos humanos.


Observacoes:
_ Seu texto deve ser escrito na modalidade padrao da lingua portuguesa.
_ O texto não deve ser escrito em forma de poema (versos) ou narracao.
_ O texto deve ter, no minimo, 15 (quinze) linhas escritas.
_ A redacao deve ser desenvolvida na folha propria e apresentada a tinta.
_ O rascunho pode ser feito na ultima pagina deste Caderno.


EXEMPLO DE REDAÇÃO DO ENEM 2006
 Ler para compreender
Vivemos na era em que para nos inserir no mundo profissional devemos portar de boa formação e informação. Nada melhor para obtê-las do que sendo leitor assíduo, quem pratica a leitura está fazendo o mesmo com a consciência, o raciocínio e a visão crítica.
A leitura tem a capacidade de influenciar nosso modo de agir, pensar e falar. Com a sua prática freqüente, tudo isso é expresso de forma clara e objetiva. Pessoas que não possuem esse hábito ficam presas a gestos e formas rudimentares de comunicação.


Isso tudo é comprovado por meio de pesquisar as quais revelam que, na maioria dos casos, pessoas com ativa participação no mundo das palavras possuem um bom acervo léxico e, por isso, entram mais fácil no mercado de trabalho ocupando cargos de diretoria.
Porém, conter um bom vocabulário não torna-se (sic) o único meio de “vencer na vida”. É preciso ler e compreender para poder opinar, criticar e modificar situações.
Diante de tudo isso, sabe-se que o mundo da leitura pode transformar, enriquecer culturalmente e socialmente o ser humano. Não podemos compreender e sermos compreendidos sem sabermos utilizar a comunicação de forma correta e, portanto, torna-se indispensável a intimidade com a leitura.


EXEMPLO 2
Quadro Negro  
            Se para Monteiro Lobato um país se faz de homens e livros, para os governantes diferente não poderia ser. O papel da leitura na formação de um indivíduo é de notória importância. Basta-nos observar a relevância da escrita até mesmo na marcação histórica do homem, que destaca, por tal motivo, a pré-história.


            A aquisição de idéias pelo ser humano apresenta um grande efeito colateral: a reflexão. A leitura é capaz de nos oferecer o poder de questionar, sendo a mesma freqüente em nossas vidas. Outrossim, é impossível que a nossa visão do mundo ao redor não se modifique com essa capacidade adquirida.
            Embora a questão e a dúvida sejam de extrema importância a um ser pensante, precisam ter um curto prazo de validade. A necessidade de resposta nos é intrínseca e gera novas idéias, fechando, assim, um círculo vicioso, o qual nos integra e nunca terminamos de transformar e sermos transformados.


A leitura é a base para o desenvolvimento e a integração na sociedade e na vida, porquanto viver não é apenas respirar. Se Descartes estiver certo, é preciso pensar. Pensando, poderemos mudar o quadro negro do país e construir o Brasil de Monteiro Lobato: quadro negro apenas na sala de aula, repleto de idéias, pensamentos, autores, repleto de transformação e de vida.


AS COMPETÊNCIAS AVALIADAS 
Dominar linguagens
Dominar a norma culta da língua portuguesa e fazer uso da linguagem matemática, artística e científica. 


Compreender Fenômenos
Construir e aplicar conceitos das várias áreas do conhecimento para a compreensão de fenômenos naturais, de processos histórico-geográficos, da produção tecnológica e das manifestações artísticas. 






Enfrentar Situações-Problema
Selecionar, organizar, relacionar, interpretar dados e informações representados de diferentes formas, para tomar decisões e enfrentar situaçõesproblema. 


Construir Argumentação 
Relacionar informações, representadas em diferentes formas, e conhecimentos disponíveis em situações concretas, para construir argumentação consistente. 








Elaborar Proposta 
Recorrer aos conhecimentos desenvolvidos na escola para elaboração de propostas de intervenção solidária na realidade, respeitando os valores humanos e considerando a diversidade sociocultural. 


Compreende, ainda, a competência de ler, compreender, interpretar e produzir textos no sentido amplo do termo, envolvendo todas as áreas e disciplinas que compõem a atividade pedagógica da escola. Pressupõe, portanto, instrumental de comunicação e expressão adequados tanto para a compreensão de um problema matemático quanto para a descrição de um processo físico, químico ou biológico e, mesmo, para a percepção das transformações de espaço/tempo da história, da geografia e da literatura. 


6.2. Modelo de análise de desempenho na Redação 
      A redação deverá ser estruturada na forma de texto em prosa do tipo dissertativo- argumentativo, a partir da proposta de um tema de ordem social, científica, cultural ou política. 
      Na redação, também serão avaliadas as cinco competências da Matriz do ENEM, referidas à produção de um texto. Cada uma das competências será avaliada numa escala de 0 a 100 pontos. 






Caso o participante não desenvolva o tema e a estrutura solicitados, será atribuída a nota ZERO à competência II da redação, o que anula a correção das demais competências da redação. A nota global da redação, neste caso, será ZERO. 
      A nota global da redação será dada pela média aritmética das notas atribuídas a cada uma das cinco competências específicas da redação. 
      As cinco competências avaliadas na redação são as mesmas avaliadas na parte objetiva da prova, traduzidas para uma situação específica de produção de texto, conforme especificado a seguir 


Na competência I, espera-se que o participante escolha o registro adequado a uma situação formal de produção de texto escrito. Na avaliação, serão considerados os fundamentos gramaticais do texto escrito, refletidos na utilização da norma culta em aspectos como: sintaxe de concordância, regência e colocação; pontuação; flexão; ortografia; e adequação de registro demonstrada, no desempenho lingüístico, de acordo com a situação formal de produção exigida. 


      O eixo da competência II reside na compreensão do tema que instaura uma problemática a respeito da qual se pede um texto escrito em prosa do tipo dissertativo-argumentativo em prosa. Por meio deste tipo de texto, analisam-se, interpretam-se e relacionam-se dados, informações e conceitos amplos, tendo-se em vista a construção de uma argumentação, em defesa de um ponto de vista. 






Na competência III, procura-se avaliar como o participante, em uma situação formal de interlocução, seleciona, organiza, relaciona e interpreta os dados, informações e conceitos necessários para defender sua perspectiva sobre o tema proposto. 


      Na competência IV, avalia-se a utilização de recursos coesivos da modalidade escrita, com vistas à adequada articulação dos argumentos, fatos e opiniões selecionados para a defesa de um ponto de vista sobre o tema proposto. Serão considerados os mecanismos lingüísticos responsáveis pela construção da argumentação na superfície textual, tais como: coesão referencial; coesão lexical (sinônimos, hiperônimos, repetição, reiteração); e coesão gramatical (uso de conectivos, tempos verbais, pontuação, seqüência temporal, relações anafóricas, conectores intervocabulares, intersetenciais, interparágrafos). 






Na competência V, verifica-se como o participante indicará as possíveis variáveis para solucionar a problemática desenvolvida, quais propostas de intervenção apresentou, qual a relação destas com o projeto desenvolvido sobre o tema proposto e a qualidade destas propostas, mais genéricas ou específicas, tendo por base a solidariedade humana e o respeito à diversidade de pontos de vista, eixos de uma sociedade democrática.
As redações são corrigidas por dois examinadores. Havendo discordância de 300 pontos ou mais (em uma escala de 0 a 1.000) entre as avaliações deles, um terceiro coordenador dá uma nota que elimina as anteriores.


A partir de 2012, todos os candidatos poderão ter acesso à correção. Segundo a AGU, o acesso às provas, porém, terá apenas “caráter pedagógico”, ou seja, não será dado ao estudante o direito de contestação.
A redação é ponto fundamental do Enem. O texto, do gênero dissertativo-argumentativo, vale 1.000 pontos, mesmo valor atribuído às outras provas, como a de linguagem. Ou seja, a redação equivale a 20% da nota final do participante. Por isso, o bom desempenho é fundamental e, para obtê-lo, é preciso atenção redobrada. Os avaliadores querem saber se o estudante sabe refletir sobre os mais variados assuntos ou se ele é apenas um repetidor de chavões. É preciso ter ideias próprias e saber sustentá-las.


O formato da prova já é consagrado. Os examinadores oferecem um tema explícito – o que significa que o candidato não precisa deduzir o que está sendo solicitado – e textos e charges servem como guia. O material de apoio pode ser utilizado pelo participante para dar consistência à redação, mas é imprescindível que sejam somadas ideias provenientes do repertório pessoal. Ater-se apenas às informações fornecidas não é um procedimento bem visto pelos avaliadores.
PROPOSTA PARA REDAÇÃO
Norma culta X variantes linguísticas: qual deve ser a posição da escola?


Qualquer um, mesmo sem nunca ter passado pela escola, sabe que não pode falar sempre do mesmo jeito com todas as pessoas, pois, até mesmo entre os familiares, cada relação está marcada por um nível diferente de formalidade. A linguagem que usamos às vezes é mais informal, às vezes é mais séria, impessoal. Nessas situações menos pessoais, a norma culta é a mais adequada para garantir um contato respeitoso e mais claro entre os indivíduos. Por isso, quando o falante consegue variar a linguagem, adequando o nível de formalidade a suas intenções, à situação e à pessoa com quem fala, dizemos que ele possui boa competência linguística. O conhecimento das variedades linguísticas amplia nossas possibilidades de comunicação, mas é a norma culta que garante a manutenção de uma unidade linguística ao país. Com base nos textos da coletânea a seguir, elabore uma dissertação argumentativa sobre o tema: considerando que a norma culta é variante mais valorizada socialmente, qual deve ser a posição da escola em relação às outras variantes linguísticas?


Qualidades e valores
Estão confundindo um problema de ordem pedagógica, que diz respeito às escolas, com uma velha discussão teórica da sociolinguística, que reconhece e valoriza o linguajar popular. Esse é um terreno pantanoso. Ninguém de bom-senso discorda de que a expressão popular tem validade como forma de comunicação. Só que é preciso que se reconheça que a língua culta reúne infinitamente mais qualidades e valores. Ela é a única que consegue produzir e traduzir os pensamentos que circulam no mundo da filosofia, da literatura, das artes e das ciências. A linguagem popular a que alguns colegas meus se referem, por sua vez, não apresenta vocabulário nem tampouco estatura gramatical que permitam desenvolver idéias de maior complexidade - tão caras a uma sociedade que almeja evoluir. Por isso, é óbvio que não cabe às escolas ensiná-la.
[Evanildo Bechara, gramático e filólogo, em entrevista a revista Veja, 29 de maio de 2011]


Pertinente, adequado e necessário
 (...) Darwin nunca disse em nenhum lugar de seus escritos que “o homem vem do macaco”. Ele disse, sim, que humanos e demais primatas deviam ter se originado de um ancestral comum.(...) Da mesma forma, nenhum linguista sério, brasileiro ou estrangeiro, jamais disse ou escreveu que os estudantes usuários de variedades linguísticas mais distantes das normas urbanas de prestígio deveriam permanecer ali, fechados em sua comunidade, em sua cultura e em sua língua. O que esses profissionais vêm tentando fazer as pessoas entenderem é que defender uma coisa não significa automaticamente combater a outra. Defender o respeito à variedade linguística dos estudantes não significa que não cabe à escola introduzi-los ao mundo da cultura letrada e aos discursos que ela aciona. Cabe à escola ensinar aos alunos o que eles não sabem! Parece óbvio, mas é preciso repetir isso a todo momento.


Não é preciso ensinar nenhum brasileiro a dizer “isso é para mim tomar?”, porque essa regra gramatical (sim, caros leigos, é uma regra gramatical) já faz parte da língua materna de 99% dos nossos compatriotas. O que é preciso ensinar é a forma “isso é para eu tomar?”, porque ela não faz parte da gramática da maioria dos falantes de português brasileiro, mas por ainda servir de arame farpado entre os que falam “certo” e os que falam “errado”, é dever da escola apresentar essa outra regra aos alunos, de modo que eles - se julgarem pertinente, adequado e necessário - possam vir a usá-la.


Mestiçagens da língua
Quando em 1727 o rei de Portugal proibiu que no Brasil se falasse a língua brasileira, a chamada língua geral, o nheengatu, é que começou a disseminação forçada do português como língua do País, uma língua estrangeira. O português formal só lentamente foi se impondo ao falar e escrever dos brasileiros, como língua de domínio colonial, tendo sido até então apenas língua de repartição pública. A discrepância entre a língua escrita e a língua falada é entre nós consequência histórica dessa imposição, veto aos perigos políticos de uma língua potencialmente nacional, imenso risco para a dominação portuguesa.
[José de Souza Martins, cientista social, professor emérito da Universidade de São Paulo, em O Estado de S. Paulo]


Observações
Seu texto deve ser escrito na norma culta da língua portuguesa;
Deve ter uma estrutura dissertativa-argumentativa;
Não deve estar redigido sob a forma de poema (versos) ou narração;
A redação deve ter no mínimo 15 e no máximo 30 linhas escritas;
Não deixe de dar um titulo à sua redação.


Tendo como base as ideias apresentadas nos textos acima, os inscritos fizeram uma dissertação sobre o tema Norma culta X variantes linguísticas: qual deve ser a posição da escola?
BOA SORTE!
LUCILEINE :)