terça-feira, 26 de abril de 2011

Consumismo - 3º ano do Ensino Médio.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Consumismo é o ato de consumir produtos ou serviços, muitas vezes, sem consciência. Há várias discussões a respeito do tema, entre elas o tipo de papel que a propaganda e publicidade exercem nas pessoas induzindo-as ao consumo, mesmo que não necessitem de um produto comprado, sendo assim, fruto do capitalismo.
Muitas vezes as pessoas consumistas são induzidas a consumir determinado produto sem necessitar do mesmo, apenas pela propaganda ou pela publicidade que há sobre o produto.
Consumismo


Até que ponto somos viciados em nossos confortos mundanos? Ao extremo. Em primeiro lugar, existem coisas convencionalmente viciantes. Se você for viciado em nicotina ou álcool, conhece bem o significado do vício. Podemos também ser viciados em drogas receitadas por médicos, sexo, tranquilizantes, moda e experiências.

O vício automobilístico é particularmente extenuante. O custo da manutenção dos carros é, com freqüência, muitas vezes mais alto do que o próprio custo inicial do carro. O custo do combustível, do óleo, do seguro, do pedágio, o custo da assistência médica para curar feridos em acidentes, o custo total do vício automobilistico gira em torno de trilhões de dólares.

Roupas, aparelhos eletrônicos, diversão - nossos olhos, ouvidos e mentes são incitados constantemente a adquirir no-vas máquinas a fim de participar de grandes redes e comunidades de consumo.

A questão é que, em nossa busca eterna de estímulos externos, desperdiçamos e consumimos sem nos satisfazermos. Quando um novo carro nos tornou permanentemente felizes? Um novo amante? Uma roupa nova? O prazer é tão fugidio quanto o desejo original de consumir, fazendo com que nos voltemos cada vez mais para o exterior. A chave para acabar com esse ciclo é descobrir a fonte de descontentamento e entender que ela nunca secará. Quando pararmos de trabalhar para o chefe que nunca se satisfaz, poderemos então apreciar ou desfrutar de algo sem o sofrimento de sua futura e inevitável perda, sem o desejo urgente de ter mais - em outras palavras, sem dependência. Dessa maneira, é possível ter a experiência do verdadeiro prazer. Essa é a versão interior da revolução tranqüila.

Os desencantos do Consumismo

Quando comprar vira uma grande dor de cabeça
As crianças aprendem a guardar e gastar dinheiro com os pais.
Entramos numa loja de brinquedos e vemos as crianças andando desorientadas entre as prateleiras atrás de um brinquedo. Era um presente de aniversário e, por isso mesmo, tinha que ser especial. Havia uma infinidade de possibilidades entre bonecas, bolas, carrinhos, jogos e bichos de pelúcia. Ao final de uma visita que durou aproximadamente uns 40 minutos, saímos de mão abanando. Nada realmente interessou e encantou...
Esse desfecho pouco feliz poderia indicar que a loja em questão não tinha funcionários aplicados para efetivar a venda; uma outra possibilidade talvez fosse a de que o estabelecimento comercial não estivesse provido realmente com tudo aquilo que poderia ser oferecido para encantar as crianças.
Essas justificativas com certeza seriam utilizadas por muitos pais para explicar o insucesso na tentativa de compra de um brinquedo. No entanto, não considero essas explicações as mais adequadas para o momento que vivemos...
Acho que para entendermos melhor esse caso seria adequado observarmos outras situações. Por exemplo, quantas vezes nos alimentamos fora de nossas casas durante a semana, na correria do cotidiano, com o intuito de conseguirmos concretizar todos os compromissos que assumimos em nossas vidas profissionais?
Compras fora de hora. Produtos supérfluos que acabamos adquirindo por impulso a partir da influência da propaganda veiculada na televisão, na Internet ou no rádio. Roupas que são incorporadas aos nossos armários sem que tenhamos a menor necessidade, apenas para nos adequarmos a modismos ou tendências. Alimentos que consumimos de forma gulosa, excedendo os limites do nosso corpo por estarmos sendo hipnotizados por belos painéis e cartazes que vendem a idéia de sabor e prazer...
Para melhor entendermos acontecimentos como aqueles que acabei de mencionar é importante referenciarmos nosso conhecimento nos cânones, por isso mesmo, vamos dar uma olhada na definição de consumismo que nos é dada pelo dicionário da língua portuguesa:
Consumismo = substantivo masculino – 1 ) ato, efeito, fato ou prática de consumir ('comprar em demasia') .
Quando falamos de nossos excessos somos invariavelmente acometidos de duas posturas mais comuns: a primeira é a de negar que estejamos cometendo esses erros; a segunda é a de nos sentirmos culpados e envergonhados em relação aos abusos que cometemos.
(...)
Antes de comprarmos uma dose adicional de refrigerante temos que nos questionar se o nosso organismo realmente necessita e agüenta essa carga extra de açúcares e aditivos.
Devemos pensar a respeito de nosso consumo para que possamos definir prioridades e traçar projetos para nossas vidas. A viagem do final do ano pode muito bem ser realizada se formos capazes de conter certas despesas e gastos; a reforma da casa será possível se evitarmos gastar gasolina em demasia; a aquisição de um eletrodoméstico pode acontecer se conseguirmos poupar recursos que seriam gastos com refeições fora de casa a todo o momento...
O consumismo é uma doença grave que assola uma enorme quantidade de pessoas em várias partes do mundo. há casos de pessoas que foram à falência, isso mesmo, elas quebraram suas contas bancárias, endividaram-se enormemente em seus cartões de crédito e continuaram comprando produtos que na maior parte dos casos eram desnecessários para suas vidas até perderem tudo aquilo que haviam demorado anos e anos para constituir como patrimônios pessoais...
João Luís Almeida Machado
Doutorando pela PUC-SP no programa Educação:Currículo; Mestre em Educação, Arte e História da Cultura
Mandamentos do consumismo - Frei Betto *

A publicidade cerca-nos de todos os lados -na TV, nas ruas, nas revistas e jornais- e força-nos a ser mais consumidores que cidadãos. Hoje, tudo se reduz a uma questão de marketing. Uma empresa de alimentos geneticamente modificados pode comprometer a saúde de milhões de pessoas. Não tem a menor importância se uma boa máquina publicitária for capaz de tornar a sua marca bem aceita entre os consumidores.Isso vale também para o refrigerante que descalcifica os ossos, corrói os dentes, engorda e cria dependência. Ao bebê-lo, um bando de jovens exultantes sugere que, no líquido borbulhante, encontra-se o elixir da suprema felicidade.
Os cinco mandamentos da era do consumo são: 1º) Adorar o mercado sobre todas as coisas.
2º) Não desonrar a moeda, desestabilizando-a.
3º) Não pecar contra a globalização.
4º) Cobiçar os bens estatais e públicos em defesa da privatização.
5º) Prestar culto aos sagrados objetos de consumo.
Em doses químicas, a felicidade nos parece mais viável que percorrer o desafiante caminho da educação da subjetividade. Mercantilizam-se relações conjugais e de parentesco e amizade. Nesse jogo, como nos filmes americanos, quem não for esperto e despudoradamente cruel, morre.
A lei é COMPRAR!
Hoje, COMPRAR se tornou MODA e para estar na MODA é preciso COMPRAR!
CONSUMISMO E GLOBALIZAÇÃO
Teremos feito muito a favor da sustentabilidade no planeta se relacionarmos os atuais padrões de consumo com as estratégias daqueles que diretamente se beneficiam do processo de globalização econômica.
Na atualidade existe uma relação direta entre consumo e monopólio. Não são as pequenas empresas ou as atividades artesanais que fomentam o consumismo, mas as corporações mais lucrativas no planeta. São elas que exercem muito das práticas do capitalismo selvagem: uso de mão de obra infantil e semi-escrava, transgênico, lobby em questões polêmicas e contra os interesses da sociedade.
Os comportamentos de consumo são estimulados por mensagens que relacionam idéias como felicidade, sucesso, auto-estima aos produtos e serviços oferecidos pelo mercado. Os signos são cuidadosamente estudados para convencer homens, mulheres, adolescentes e crianças a desejarem consumir num mundo de sonhos mercadológicos. Os profissionais de publicidade a chamam de estratégia de marketing: relação direta entre um produto ou serviço às necessidades de um consumidor em potencial. Esta técnica também é conhecida como a arte da persuasão. Não teríamos nada contra esse tipo de prática se não fosse pelo fato de que o "publico alvo" é atingido através de meias verdades que ressaltam apenas o "lado bom" e escondem a "banda podre" dos bens comercializados.

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